Rassemblement pour Marielle Franco le 24 mars

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Brésil, 14 mars 2018. À Rio, état occupé par l’armée depuis février, la conseillère municipale Marielle Franco, femme noire et lesbienne qui a grandi dans la favela de la Maré, a été exécutée. Elle a toujours lutté pour les droits des femmes, milité pour les droits humains et dénoncé la guerre civile dans les favelas ainsi que le génocide de la jeunesse noire par la police militaire. Il y a seulement 4 jours, elle a dénoncé la violence policière dans la communauté d’Acari. Mardi, elle a également dénoncé encore un autre homicide d’un jeune noir, Matheus Melo, tué à la sortie d’une église.
Afin de transformer le deuil en lutte, rendez-vous pour un grand rassemblement le 24 mars de 14h à 19h au départ de la place Bellecour

Transformer le deuil en lutte

Les ami(e)s français(e)s,

Marielle Franco a été élue pour le conseil municipal de Rio de Janeiro. Elle a été assassinée ce 14 mars 2018.

Elle a été morte dans un contexte très particulière : un mois pratiquement après la décision du président de fait, Michel Temer, de déployer l’armée fédérale dans les rues des quartiers pauvres à Rio... Neuf mois après la condamnation de Lula, candidat de gauche, candidat en tête des sondages pour les prochaines présidentielles, à neuf ans et demi de prison. Deux ans après la destitution inconstitutionnelle de la présidente élue en 2014, Dilma Rousseff.

Le Brésil n’a pas fini de solder les conséquences du coup d’État parlementaire ayant écarté la présidente élue Dilma Rousseff. La mort programmée de Marielle Franco est inscrite dans un déroulé de décisions criminalisant les idées et les personnalités progressistes, et déclassant la nécessité de réduire les inégalités. Nous voulons avec cette marche attirer l’attention internationale sur fait que notre démocratie se trouve en danger. Nous voulons également attirer vos regards par la cause féministe et les droits humains au Brésil (les questions que Marielle defendait).

Merci d’être solidaires avec notre lute qu’est aussi une façon de se montrer sensible à la cause démocratique et féministe dans l’actualité !

Afin de transformer le deuil en lutte, rendez-vous pour un grand rassemblement le 24 mars de 14h à 19h au départ de la place Bellecour

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Transformar luto em luta !

Diante da indignaçao que muitos brasileiros devem estar sentindo, criamos este evento para que nossa comunidade nao se sinta impotente diante dos fatos. Eventos semelhantes ocorrerao em Berlim, Paris e Lisboa. Queremos com isso chamar atençao da comunidade internacional para o que esta ocorrendo no Brasil.

Este pode ser o primeiro de uma série de crimes politicos realizados contra o nosso Estado democratico brasileiro de direito. O assassinato de lideranças que lutam pelos direitos de minorias nao pode ser ignorado. Na ultima quinta-feira dia 15/03/2018, o Brasil foi citado numa reuniao do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, pelo deputado espanhol Mighel Urban Crespo. O deputado denunciou que "existe um clima de violência politica pré-eleitoral", na tentativa de chamar atençao para a gravidade da situaçao politicia em nosso pais. Um pedido de suspençao de negociaçoes com o Mercosul também foi feito.

“Pedimos para a Comissão uma suspensão imediata das negociações com o Mercosul até que haja o fim da violência e intimidação contra a oposição política e defensores de direitos humanos”, diz a carta, que é assinada pelo deputado espanhol Mighel Urbán Crespo, do partido Podemos, e endereçada à vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini.

O documento também é firmado por outros grupos do Parlamento Europeu, em especial por parte da Esquerda Europeia Unida. Segundo a carta, “a política de segurança do governo brasileiro e do Estado do Rio de Janeiro, baseada essencialmente no aumento da presença de corpos policiais e militares (o que culminou na intervenção do Exército brasileiro), não fez mais do que agravar o clima de violência do país”.

Quinta vereadora do Rio de Janeiro mais votada nas eleições de 2016, em um ano e três meses fez um dos mandatos mais produtivos e participativos da nossa história recente.
Na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi fortemente atuante na criação de políticas de visibilidade e de combate ao feminicídio, ao genocídio do povo negro, à homofobia, entre muitas outras causas.

Duas semanas antes de sua execução, Marielle havia assumido relatoria da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para acompanhar a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

Igualmente morto na noite de quarta-feira, o companheiro Anderson Pedro Gomes, o motorista que acompanhava nossa vereadora, será também homenageado.

Não irão calar a voz que grita contra a violência.

NÃO CALARÃO MARIELLE !

#mariellefranco

samedi 24 mars 2018

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